Discute-se muito hoje a
internação involuntária e compulsória de usuários de drogas, para tratamento.
Em recente artigo, na Folha
de São Paulo, o Dr. Dráuzio Varella defende a internação compulsória: “Pode ser que
internação compulsória não seja a solução ideal, mas é um caminho que temos que
percorrer”
Entretanto, vários são os
argumentos contrários: a deficiência atual dos recursos da medicina para lidar
com estes pacientes, que se reflete geralmente no insucesso do tratamento e na
recidiva, mesmo nos casos de internação voluntária, a precariedade material e
humana dos centros de atendimento, a inexistência de leitos (vagas) suficientes
e adequados nos hospitais gerais, a deficiência das comunidades terapêuticas, a
burocracia e sobretudo o risco de ofensa aos direitos humanos dos usuários.
O Conselho Federal de
Psicologia vem manifestando frequentemente sua posição contrária.
Agora, temos notícia de que
o governo mineiro está efetuando a internação compulsória e involuntária de
adolescentes infratores que sejam usuários de drogas. Veja notícia no Jornal O
Tempo:
Além de todos os argumentos
contrários a esta medida, relacionados acima, o que nos preocupa com esta
decisão do governo mineiro é que o assunto está centralizado na Secretaria de
Defesa Social; a Secretaria de Saúde atua somente na assistência médica e não
há previsão de ações conjuntas com a Assistência Social, CRAS e CREAS e
Conselho Tutelar, que têm uma metodologia de trabalho mais próxima da família e
da realidade do adolescente usuário de drogas, seja ele infrator ou não.
Neste blog, você pode
encontrar várias postagens sobre internação compulsória e involuntária (Clique
ao lado, na seção “Pesquisa por assunto”, o item “Drogas”)
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