Homicídios de Crianças e Adolescentes preocupam


Acaba de ser lançada, pela Faculdade FLACSO – Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, a publicação: Violência Letal Contra as Crianças e Adolescentes do Brasil, com uma análise das estatísticas de óbitos nos últimos 30 anos.

O primeiro dado cruel que se constata é que as causas externas (acidentes, suicídios, homicídios, etc.) evidenciam crescimento lento e contínuo, na contramão das causas naturais (enfermidade, deterioração da saúde) que diminuem de forma contínua e acentuada no período.

Os homicídios de crianças e adolescentes têm se convertido no calcanhar de Aquiles dos direitos humanos no País, por sua pesada incidência em um setor considerado de proteção específica, pelo preocupante 3º lugar que o País ostenta no contexto de 85 países do mundo, mas também pelo vertiginoso crescimento dos índices nas últimas décadas.

Só em 2013, foram 10.520 crianças e adolescentes (de menos de um ano até 18 completos) assassinados: quase 29 vítimas por dia.

Em 2013, praticamente a metade – 48,2% – das mortes dos jovens de 17 anos de idade foi por homicídio.

Considerando os óbitos de crianças e adolescentes, causados por acidentes de transporte, o Brasil ocupa o 8º lugar entre 88 países do mundo.

 E, vivemos uma verdadeira situação pandêmica de suicídios de jovens indígenas.

Essa tendência crescente é incentivada e enfatizada pela tolerância, aceitação e naturalização da violência, tanto por parte da opinião pública, quanto das instituições encarregadas de enfrentar esse flagelo.

Esta publicação inclui análises por idade, por causalidade, por estados, por municípios e comparações com índices internacionais. Terminando com reflexões sobre as causas e a interpretação cultural e, às vezes, naturalização de alguns índices.

Leitura imprescindível para quem se preocupa com violações de direitos das crianças e adolescentes no Brasil.

Leia a íntegra da publicação

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