Drogas: Internação forçada de pessoas


Em artigo publicado no Jornal Carta Forense, Daniela Skromov de Albuquerque
comenta que a decisão da internação se desenvolve na intersecção do afã de defesa social, da ética, do papel da psiquiatria, das discussões sobre a autonomia e  capacidade do indivíduo, do mercado lucrativo do fomento dos medos, dos preconceitos, da religião e dos direitos. É na análise e compreensão deste emaranhado que reside alguma visão mais clara da problemática.

“ a internação forçada pode agravar o quadro. A força introjeta subserviência ou revolta, e reforça a situação de exclusão e estigma já trazida pela pessoa. O gesto que interna também é o gesto que cria marcas no internado. O Estado, ao internar à força e isolar, pode estar simplesmente repetindo uma realidade psíquica de abandono já ocorrida no passado.”

“A histórica omissão dos poderes públicos se transformou em histeria social: na busca para uma rápida solução para a chaga exposta, qualquer solução parece servir, desde que afaste o problema de nosso campo de visão.”

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