Infância priosioneira

Filhos do cárcere


Importante matéria publicada no Jornal Estado de Minas desvela a situação de mais de 244 crianças de zero a seis anos que "cumprem pena" ao lados das mães nos presídios brasileiros, muitas vezes em condições subumanas.

Algumas dessas crianças crescem atrás das grades, em celas fétidas, infestadas de moscas, sem ventilação, sob um calor sufocante. E pior: longe dos cuidados necessários para o bom desenvolvimento. O único direito que lhes é garantido é o amor materno, que tem alto custo: a perda da inocência e da liberdade.

Além de bebês que trocam os gradis dos berços pelas pesadas grades e cadeados, o drama se entende à família das condenadas. Avós são obrigadas a assumir a criação dos netos que ficaram do lado de fora do presídio e muitas enfrentam viagens longas para visitar a filha na cadeia.

Não bastassem as condições degradantes de alguns presídios, a grande maioria das mães vive na mais absoluta solidão. Não recebem visitas porque 45% delas são do interior ou da zona rural dos municípios. O resultado da improvisação no tratamento da infância entre ferros é um soco no estômago, mesmo dos mais insensíveis.

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